Associação Engloba, Andaluzia
Currículum vitae
Licenciado em Psicologia pela Universidade de Granada.
MBA em Gestão e Planeamento de Residências, MBA em Gestão de Recursos Sociais, Mestrado em Psicologia Clínica, Mestrado em Psicologia Jurídica.
Trabalhou durante três anos como educador e psicólogo em casa de correção. Durante quinze anos trabalhou na direção de um Centro Residencial Básico, coordenando também os diferentes programas da Associação ENGLOBA a nível técnico, e gerindo a parte administrativa de: programas de acolhimento residencial, assistência a menores ex-tutelados, programas de orientação e inserção laboral, dispositivos de acolhimento imediato, centros de estudo e diagnóstico, programas de ação formativa, programas de cuidados a mães em risco de exclusão, programas de assistência a vítimas de tráfico, escolas-oficina, centros de ofícios e outros programas sociais.
Palestra
MESA REDONDA
“Boas práticas em programas de transição para a vida adulta”
A REDE DE TRABALHO COMO TECIDO DE APOIO À TRANSIÇÃO PARA A VIDA ADULTA
Na comunidade andaluza, a Associação Engloba gere 333 lugares de acolhimento residencial para menores sob tutela ou guarda administrativa nas diferentes modalidades (Centro de Atendimento Imediato, Inserção Socio-laboral, Centro Residencial Básico, Centro de Dia, Centros de Orientação e Inserção Socio-laboral). Dos lugares mencionados, 206 pertencem a programas específicos destinados a menores migrantes que carecem de uma rede de apoio social e familiar, uma vez que se acham sozinhos no país de acolhimento. Por sua vez, esta entidade gere 68 vagas para jovens ex-tutelados, no âmbito de um programa de alta intensidade. Note-se que mais de metade destas vagas se destinam a jovens migrantes. Este perfil populacional, maioritariamente de migrantes, tem necessidades diferentes de outros menores que são tratados no sistema de proteção. A situação de falta de proteção destes menores é gerada pela sua própria condição de menores não acompanhados, com um processo migratório bem definido com um objetivo final: a procura de emprego.
O eixo central do trabalho com estes menores é dotar a pessoa de todas as ferramentas e competências necessárias para garantir a inserção dela no mercado de trabalho como pilar fundamental para o seu processo de emancipação e transição para a vida adulta. Por isso, levando em conta as suas particularidades como ser humano, é o menor quem, juntamente com os profissionais, estabelece o método de trabalho, enfatizando a formação prática e a orientação, bem como a criação de uma rede de trabalho que contribua para trabalhar a inserção com o menor a partir da sua entrada no sistema de proteção. Esta linha de trabalho não se estabelece apenas internamente, uma vez que o trabalho externo é essencial para a criação de uma rede de recursos formativos e empresariais que possibilite a inserção no mercado de trabalho através de ofertas de emprego e/ou práticas formativas para cada jovem, bem como para o fortalecimento e expansão de redes de apoio social que, informalmente, contribuam para a empregabilidade dos jovens.